Praça do sebo e memórias engarrafadas de uma quinta do litrão | Cartas para Roma
leia ouvindo: Ponto de vista — Lagum
Querido Roma, esta última semana foi caos amigo e fui ao recife antigo, lembrei muito de você e de Pedro. Nos encontramos no conune e matei as saudades dele, mas sempre fica um espacinho para se olhar e encontrar pequenas saudades de nós três, de todos, especialmente com os nossos amigos reunidos das loucuras e maluquices que já nos metemos juntos. Soubemos viver e até demais algumas vezes, viu?
Nossa, essa cidade tem sido um lembrete constante de saudade. Um resgate das memórias afetivas e olfativas de como por mais que existam pedaços meus que foram muito machucados aqui, ainda existem memórias boas para se contrapor as ruins. A vida não é um recorte só de coisas tristes como às vezes costumo dramatizar, mas sim, uma grande colcha de retalhos de momentos bons e ruins. Tudo depende de como escolhemos viver esses momentos.
Não sei você lembra de Carmen e Enzo que estavam naquela mesa de bar na Praça do sebo conosco, ela era minha ex-colega de trabalho, se tornou grande amiga logo depois e o filho dela um grande amor com quem aprendo muito sobre a vida, as crianças, sabe, elas ainda vão mudar o mundo (você como bom pedagogo, sabia melhor que eu). Naquele fim de dois mil e dezoito a vida era tão diferente para nós, né? Nossa maior preocupação era aonde Pedro ia nos levar na próxima quinta do litrão.
Estou hospedada na casa deles esta última semana de “férias” da universidade, ela me lembrou deste dia e meu coração explodiu de saudade de ti. Lembrei que tinha tenho escrito pouco, desculpe a falta de tempo, ando meio relapsa com a escrita fora da academia (culpo meu tcc) e meu celular quebrou também. O mestrado que quero tentar abriu o edital, estou meio desalinhada do juízo mesmo… espero conseguir organizar tudo até segunda, pois retorno para o que espero que seja meu último semestre da graduação na UEPB.
Com amor e saudades, Andresa.
